TEMÁTICA

Este espaço tem a finalidade de apresentar tópicos e técnicas usadas na odontologia visando informações básicas e orientação na profilaxia e prevenção da saúde bucal dos pacientes do consultório, além de curiosidades e história da odontologia

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8 de nov. de 2009

ODONTOFOBIA (Medo de Dentista)


ODONTOFOBIA
Por que tanta gente tem medo de dentista?
Se distrair com assuntos do cotidiano é um bom método de aliviar a tensão

Muitos temem o motorzinho e só de ouvirem o barulho da broca já começam a sentir pânico. Outros, quando imaginam o dentista mexendo dentro de suas bocas com todos aqueles aparatos querem sair correndo. Tremedeira, respiração ofegante, frio na barriga, taquicardia e suor. São reações comuns a pessoas que têm fobia de dentistas. E não são poucos os que sofrem da chamada odontofobia . Estudos indicam que 15% a 20% dos pacientes têm medo de ir ao dentista no Brasil. É muito comum alguns pacientes apresentarem medo de ir ao dentista. Uma das explicações prováveis é que antigamente os métodos utilizados eram desconfortáveis. Agulhas grossas para anestesias, por exemplo, ajudaram a fazer a visita ao dentista um sinônimo de dor. Mas isso fazia parte de uma cultura antiga que não condiz mais com os dentistas de hoje. Mas mesmo com toda a modernização dos instrumentos utilizados pelos profissionais, algumas pessoas continuam tendo a chamada odontofobia. A explicação pode ser alguma experiência traumática vivenciada pelo paciente na infância ligada, principalmente, a dor. Uma situação bastante comum são pais que passam seu temor de dentista para os filhos. Pesquisas mostram que metade das crianças que sentem medo de dentista tem pais que também o sentem e relataram histórias ligadas a dor para elas. Mas, hoje em dia existem vários métodos que procuram diminuir a odontofobia e o estresse em pacientes. Especialistas na área estão desenvolvendo técnicas avançadas para serem utilizadas nos consultórios. Um caminho interessante é a criação de um vínculo afetivo. Abrir espaço para conversas sobre vida pessoal, família e trabalho é uma ótima maneira de se aproximar e inspirar confiança. Outra técnica que vem sendo utilizada recentemente é a sedação consciente ou analgesia inalatória, realizada com óxido nitroso (N2O) e oxigênio (O2). O método tem a função de acalmar e tranqüilizar o paciente antes de iniciar o tratamento. Outro fator que gera temor nos pacientes é a sensação do desconhecido. Por isso, explicar exatamente tudo o que está sendo feito, se vai doer e o porque disso, ajuda a melhorar o medo das pessoas. Mas há casos em que nem as conversas francas ou a confiança no profissional são suficientes. Em casos de síndrome do pânico ou fobia aguda, o correto é encaminhar a pessoa para uma avaliação com um psicólogo ou psiquiatra. O ideal é fazer um trabalho em conjunto com esses profissionais, já que, enquanto não superar o problema, o paciente não conseguirá se submeter ao tratamento odontológico.

2 de nov. de 2009

TERAPIA AJUDA CRIANÇA A SUPERAR MEDO DE DENTISTA



Uma nova técnica desenvolvida pela Universidade de São Paulo, baseada em método que usa histórias e desenhos, auxilia no tratamento odontológico de crianças e adolescentes, revelando a origem da fobia que alguns sentem da consulta com o dentista.

Foram avaliadas 15 crianças e adolescentes, com idades entre 7 e 14 anos, da cidade de São Paulo. Elas foram encaminhadas por dentistas que não conseguiam atendê-los devido à fobia que apresentavam. Durante a consulta, eles choravam, não deixavam aplicar a anestesia, pulavam da cadeira, fechavam a boca de uma maneira que impedia o acesso dos dentistas, entre outras ações que impossibilitavam o atendimento, enquanto os mais novos, entre dois e três anos, chutavam ou tentavam morder o dentista.

Durante três semanas, estas crianças e adolescentes fizeram cinco desenhos ligados ao medo que sentiam do dentista e contaram cinco estórias associadas a cada um desses desenhos. Com isso, eles conseguiam verbalizar o próprio medo. Durante as sessões, que duravam em média 50 minutos, uma psicanalista fazia intervenções comentando algo ligado à estória que o paciente contava. A dinâmica possibilitou que, a partir da verbalização dos medos da criança, a psicanalista conduzisse a sessão psicoterapêutica de maneira que esses medos pudessem ser entendidos e, muitas vezes, minimizados e até superados.

Dos 15 pacientes que participaram do estudo, 14 conseguiram superar o medo e ser atendidos pelos dentistas. Outros três, além desses 15, abandonaram o tratamento antes do final da pesquisa. Para os pesquisadores, esta pode ser uma solução simples para acabar com o problema evitando sedações e traumas futuros. Eles esperam introduzir a nova técnica no atendimento odontológico a partir do ano que vem.